Monday, October 03, 2005

Xena e Gabrielle

No dia do eclipse anular solar, o sítio da BBC revela uma nova descoberta pelos astrónomos que descobriram o pretenso décimo planeta: este está acompanhado por um satélite. Os astrónomos que o descobriram querem-no baptizar de Gabrielle – depois da sua sugestão para que 2003 UB313 seja designado de Xena. Trata-se como é sabido de personagens da série de TV norte-americana: Xena: Warrior Princess.

Vale a pena ler o sítio dedicada à descoberta de 2003 UB313 e do seu satélite. Nas imagens divulgadas revelam a existência de satélites a acompanhar os planetas.

São divulgados muitos pormenores sobre o trabalho dos astrónomos e das dificuldades inerentes à descoberta de Xena. Muitas das nossas possíveis dúvidas são respondidas e ficamos a saber que os dados necessários para identificar o décimo planeta estavam disponíveis desde 21 de Outubro de 2003. Porém só a 5 de Janeiro de 2005 – quase um ano e meio depois – é que foi feito o anúncio da descoberta do suposto novo "planeta". A explicação para isto deve-se ao facto de inicialmente o movimento deste ter passado despercebido pois praticamente não se nota o movimento contra o fundo das estrelas fixas, visto estar entre 37 a 98 vezes a distância da Terra ao Sol. Podem ver uma animação das fotografias do Xena no sítio já referido. O 2003 UB313 demora 560 anos terrestres a realizar uma órbita completa.

De notar que o diâmetro provável de 2003 UB313 (2800 km) é maior do que o diâmetro de Plutão (2390 km). Assim, dificilmente se pode aceitar que 2003UB313 não seja um planeta e ao mesmo tempo continuar a classificar Plutão como tal.

A descoberta deste satélite é importante para possibilitar uma melhor determinação da dimensão de Xena. Um planeta mais maciço impõe ao satélite uma órbita mais próxima deste, enquanto que um planeta menos massivo permite que a órbita do seu satélite seja mais afastada deste.

A descoberta deste satélite feio confirmar que uma das áreas mais apaixonantes da astronomia actual encontra-se na cintura de Kuiper. O próprio Kuiper nunca deve ter tido essa percepção.

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