Wednesday, February 22, 2006

Está confirmado!

Plutão tem mesmo três satélites. Como referi em Novembro, os astrónomos iam obter novas imagens em Fevereiro para confirmarem a descoberta de S/2005 P1 e S/2005 P2. O diâmetro do primeiro situa-se entre os 48 e 165 quilómetros, enquanto o segundo é vinte por cento menor. Compare-se com os 1200 quilómetros de diâmetro de Caronte. Os novos satélites descobertos são aproximadamente dez vezes mais pequenos do que este!

A distância destes a Plutão é mais do dobro daquela que há entre Caronte e o seu planeta (12200 milhas). S/2005 P1 efectua uma órbita a uma distância média de 40000 milhas, enquanto S/2005 P2 orbita a uma distância média de 30000 milhas. Claro que, para P1 e P2, são valores com um grande grau de incerteza.

É curioso verificar que no sítio da Physics Web fizeram a conversão de milhas para quilómetros directamente. Esqueceram-se que os valores referidos no sítio do Telescópio Hubble dão, acima de tudo, uma distância relativa destes a Plutão, com uma grande incerteza associada. Dai surgirem dois números tão redondos. Não faz portanto sentido falar em 49000 quilómetros. As observações não têm essa precisão. O que importa reter é a relação de ¾ entre a distância de S/2005 P2 e S/2005 P1, respectivamente, ao planeta.

A equipa de astrónomos, liderada por Hal Weaver e Alan Stern, sugere também uma explicação para o aparecimento destas três luas. Um planeta tão pequeno como Plutão, comparado com os outros planetas, não deveria ter satélites. Estes podem ter sido criados depois da colisão de um corpo de grandes dimensões com Plutão.

Enquanto isso, em Portugal, Patrick Monteiro de Barros pretende desenterrar um esqueleto dos anos 70. Eu não acredito nas centrais nucleares. O futuro está claramente do lado da fusão nuclear e não na fissão nuclear.

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