Tuesday, December 20, 2005

Boas notícias da Pensilvânia!

O juiz John Jones de Dover, na Pensilvânia, deu razão aos pais que não concordavam com o ensino do “intelligent design” (ID), em paralelo com a teoria de Darwin. O juiz considerou que o ID não é uma ciência e não pode ser separada do criacionismo e portanto dos seus antecedentes religiosos.

Os defensores do ID aproveitam o politicamente correcto, que grassa na nossa sociedade, para exigir o ensino paralelo da sua teoria com o evolucionismo, cabendo depois aos alunos a decisão final sobre qual das duas teorias estaria certa.

Obviamente a comunidade científica nunca poderá aceitar isso. Para que haja uma discussão de igual para igual, entre duas teorias científicas divergentes, é necessário que ambos apresentem argumentos convincentes, baseados em provas.

Ora o grande argumento do ID é a impossibilidade do acaso ser suficiente para explicar a complexidade da vida na Terra. Isto não é uma prova! Para que isso possa ser aceite, eles teriam de provar esta afirmação. Albert Einstein também disse que a mecânica quântica não podia ser a teoria final. Na opinião dele, era apenas uma teoria aproximada da realidade, que seria suplantada por uma teoria superior. Ele tentou alcançá-la até ao fim dos seus dias, sem sucesso. Hoje o maior objectivo da física é precisamente atingir essa teoria, talvez seja esse afinal o maior legado de Einstein: o futuro.

Para os criacionistas actuarem de acordo com as regras da ciência, não podem simplesmente fazer uma afirmação, baseada apenas no senso comum, têm de obter um resultado ou uma prova que refute a teoria vigente. É assim que a ciência funciona! Eles teriam de provar que uma espécie actual ou extinta não era resultado de uma evolução natural.

Curiosamente acusam a ciência de não ter registos fósseis suficientes para descrever todas as etapas da evolução e no entanto não conseguem apresentar uma única prova da sua tese.

Podem ler mais sobre este assunto no blog Bad Astronomy.

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