Monday, June 30, 2008

Tunguska

Fotografia tirada em 1927 por Leonid Kulik

Há precisamente 100 anos uma enorme explosão na Sibéria central tornar-se-ia célebre e palco para todas as teses, nenhuma delas comprovadas até hoje. Numa área aproximadamente de 2000 km2, perto do rio Tunguska, cerca de 80 milhões de árvores foram arrancadas ou ficaram rentes ao solo. A energia deflagrada na explosão terá sido equivalente a 1000 vezes a bomba atómica lançada sobre Hiroshima.

O que poderá ter causado tal devastação? As duas hipóteses mais plausíveis – um cometa ou um asteróide – ainda não puderam ser comprovadas por nenhum fragmento ter sido descoberto e por nunca se ter encontrado uma cratera resultante do impacto do corpo celeste.

A primeira expedição ao local foi realizada pelo mineralogista russo Leonid Kulik, em 1927, depois de o ter visitado em 1921. São dele algumas das fotos mais famosas de Tunguska. Contudo nada de conclusivo, em relação ao corpo que causou esta devastação, resultou da pesquisa de Kulik.

Fotografia tirada em 1930 por Leonid Kulik

Mas em 2007, Giuseppe Longo e os seus colegas, da Universidade de Bolonha, sugeriram que o lago Cheko seria a cratera resultante da colisão de 1908. A equipa deste físico irá realizar uma expedição no próximo ano para testar a sua hipótese. De acordo com Longo, este lago não é referenciado em nenhum mapa antes de 1908. Por outro lado o radar assinala a presença de um objecto denso no fundo desse lago. Será a prova irrefutável de que os cientistas precisam para esclarecer o mistério de Tunguska?

O trabalho de Giuseppe Longo valeu-lhe um lugar no céu! O asteróide 1985 JL, descoberto em 1985, foi baptizado oficialmente pela IAU com o seu sobrenome: (5948) Longo.

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