Future Science Versus the Man, 1983
Jean-Michel Basquiat (1960-1988)
A incompreensão entre a arte e a ciência é infelizmente a regra e não a excepção. Em 1983, Jean-Michel Basquiat fazia este graffiti para mostrar a sua oposição a um futuro dominado pela ciência e principalmente pelas suas criações (poluição, indústria de guerra e energia nuclear). O que fazer perante pessoas que têm uma imagem muito negativa da ciência? A solução certamente não passa pelo desprezo, mas sim por uma argumentação que coloque em evidência as contribuições da ciência para a nossa sociedade. Conseguiam imaginar-se a viver num mundo sem anestesia? Parece pouco, mas eu não quero imaginar uma ida ao dentista sem ela...
Basquiat chegou a viver na rua depois da separação dos pais. Foi nela que se inspirou para fazer os graffitis que chamaram a atenção do jornalista Philip Faflick do The Village Voice em 1978. Os seus desenhos e pinturas levaram Rene Ricard a publicar um artigo sobre ele na revista ArtForum em 1981. Mais tarde torna-se protegido e amigo de Andy Warhol e chegam a expor em conjunto. Com uma vida tão agitada e única era previsível que viesse a ser adaptada ao cinema. Basquiat estreou nos Estados Unidos em 1996 e foi realizado por Julian Schnabel. O realizador conhecia Basquiat desde os anos 80, pois ambos fizeram parte do movimento artístico que ficou conhecido como neo-expressionismo americano.
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