Wednesday, January 17, 2007

Mailbox #11

Buster Keaton

A caixa de DVD com todas as curtas-metragens de Buster Keaton, primeiro como actor e depois como realizador e actor estava hoje na minha caixa de correio. Esta última encomenda é já um dos pontos altos da minha colecção! Tal como fiz com o DVD dedicado aos filmes realizados por Charles Chaplin para a Mutual, vou agora novamente ver uma curta-metragem de cada vez, de modo a fazer durar o doce mais tempo. Uma palavrinha para a Amazon que enviou esta caixa de DVD numa embalagem à prova de choque. Assim não temos de ter receio em comprar DVD na Internet!

Para começar vou deliciar-me com esta curta-metragem:

The Haunted House

Mailbox #10

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Tuesday, January 16, 2007

Top 10 - 2006

Os seis primeiros desta lista são indiscutíveis para mim. Para os outros começou a pressão dos que ficaram de fora. Devo dizer que este foi um dos anos em que fui menos ao cinema. Entre os muitos que não vi há quatro que foram especialmente badalados: “Babel”, “An Inconvenient Truth”, “Marie Antoinette” e “Miss Little Sunshine”. O último até mereceu por parte de amigos que o viram sms e telefonemas para mim, com a ameaçadora frase: “Tens de ver “Miss Little Sunshine!” Mas acabei por não o poder ir ver. Contudo ainda o posso ver no cinema este mês. Vantagens da margem sul do Tejo ;)
  1. The Departed (2006) - 9/10
  2. Brokeback Mountain (2005) - 9/10
  3. Breakfast on Pluto (2005) - 8/10
  4. Volver (2006) - 8/10
  5. A History of Violence (2005) - 8/10
  6. Match Point (2005) - 8/10
  7. Le Temps Qui Reste (2005) - 7/10
  8. Where the Truth Lies (2005) - 7/10
  9. Lady in the Water (2006) - 7/10
  10. L’ Enfant (2005) - 7/10

A desilusão do ano foi “The Black Dahlia”. Em geral não tenho muito interesse em encontrar as maiores desilusões do ano. Este ano é uma excepção, porque aprecio bastante a obra de Brian De Palma. Defendi filmes como “Mission to Mars”, contra muitos que o viam como simplesmente ridículo. Mas depois de “Femme Fatale” seria difícil que o próximo filme o superasse. “The Untouchables: Capone Rising” vai trazer de volta um De Palma vintage!

Top 10 - 2005

Ver de novo a minha lista dos dez melhores filmes de 2006 mostra como não as devemos levar muito a sério. Se a maioria dos filmes mantém a minha preferência e a mesma hierarquia, outros há que mudaram na minha apreciação. O filme de Clint Eastwood subiria no mínimo um lugar. De cada vez que o revi o filme conseguiu sempre parecer melhor. Quem será o maior lutador? Aquele que ambiciona a vitória ou quem faz o seu próprio caminho? A mesma força que levava Maggie Fitzgerald (Hilary Swank) a acreditar no seu sonho, acompanhou-a no seu ocaso. Em ambos os casos escolheu sempre o caminho menos óbvio. Aquele que lhe dava o sorriso no autocarro compensando largamente o bife frio que os clientes não queriam. Na lista deste ano encontramos o mesmo espírito em Leonardo DiCaprio. Nunca ceder perante as dificuldades. Acreditar sempre naquilo que nos move. Um filme tão intenso e de tons tão dramáticos acaba com uma fatia de tarte caseira de limão. Por vezes o segredo da vida e dos filmes está nas pequenas coisas.

Com o filme de Wes Anderson passou-se precisamente o oposto. Continuo a gostar do filme, mas a magia da primeira vez que o vi perdeu-se. O humor cáustico do filme não teve a mesma grandeza de segunda vez. Em contrapartida os dois filmes de Tim Burton subiram na minha escala. A acidez de Burton para com as ideias e objectivos da classe média norte-americana é comum nos seus filmes, mas em “Charlie and the Chocolate Factory” explode com uma fúria que pode incomodar alguns. Um filme que tam o mesmo espírito de “Mars Attacks!”. Neste último todos os representantes da autoridade são exterminados, mesmo os mais simpáticos, durante o filme. Sobram apenas os que nunca detiveram qualquer poder. Em “Charlie” é o menino pobre que só acedeu à fábrica de chocolate por pura sorte que cumpre o seu sonho. “Corpse Bride” exibe uma morte desejável, onde as personagens sentem que nada tem a perder e por isso são mais genuínas e afáveis. O calculismo dos que estão vivos torna o mundo asfixiante. As formas das personagens são inesquecíveis. Algum homem conseguirá esquecer a doçura da Noiva Cadáver?

E talvez “Sin City” pudesse vir para este Top 10, por troca com Téchiné ou Jarmusch. Mas a verdade é que a história, no filme de André Téchiné, do homem que acalenta uma paixão ao longo de vinte anos, interpretada com garra por Gérard Depardieu, me seduziu. Por isso só se Jim Jarmusch e Bill Murray cederem o lugar a Robert Rodriguez e às suas femme fatales poderá haver mudanças. A decisão fica para uma nova visão de ambos.

Um bom 2007 para todos os que ainda vão clicando neste blogue. Espero no final de Fevereiro voltar a ter uma actividade mais regular.

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